Polícia prende hackers que vendiam informações de ministros do STF
Polícia prende hackers que vendiam informações de ministros do STF – Foto: Freepik

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta terça-feira (20), durante operação, uma quadrilha de hackers que vendia as informações sigilosas de 200 milhões de pessoas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e o governador de Brasília, Ibaneis Rocha.

No total, dois hackers responsáveis por disponibilizar os dados foram presos, e podem responder pelos crimes de divulgação de segredo, invasão de dispositivo informático, organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que, somados, passam de 20 anos de prisão.

A operação também cumpre mandatos em Ceilândia, também na Capital Federal, e em Rio Verde, em Goiânia, onde foram feitas busca e apreensão, ordens de bloqueio de contas bancárias e de criptomoedas, determinações de derrubada de sites e de tomada de controle de servidores.

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Os criminosos disponibilizam na darkweb uma espécie de “painéis de consulta”, onde era possível se realizar a compra dos dados de mais de 200 milhões de vítimas, como números de celular, endereços residenciais, endereços de e-mail, fotos, assinaturas digitalizadas, cópias da carteira de habilitação, registros de carros, armas e empresas no nome da pessoa, boletins de ocorrência, mandados de prisão, CEP e faixa etária, vizinhos, dados completos de parentes e score em instituições financeiras.

“Todos esses dados encontravam-se no website organizados de maneira profissional, permitindo rápidas pesquisas em múltiplos módulos, de forma que qualquer leigo pudesse em alguns cliques levantar a vida inteira de qualquer cidadão. Os criminosos também tinham acesso às câmeras de OCR (leitura de placas), permitindo a localização das últimas passagens das vítimas nas rodovias de todo o país e, portanto, possibilitando o acompanhamento de sua rotina”, informou a polícia em nota.

Além dos criminosos, a Polícia Civil do DF conseguiu obter os dados de 1.453 usuários que compraram acesso ao painel ilegal.