Advogado foi preso em operação do MPSP contra uma quadrilha ligada ao PCC. Foto: MPSP
Advogado foi preso em operação do MPSP contra uma quadrilha ligada ao PCC. Foto: MPSP

A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo prenderam nesta terça (16) o advogado Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho. Segundo a Promotoria, Tupinambá é um dos representantes, em ações na Justiça, do líder do PCC André do Rap. O advogado foi capturado na Operação Muditia, deflagrada pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra uma quadrilha ligada ao PCC, supostamente responsável por fraudes em licitações em contratos de R$ 200 milhões fechados com prefeituras e câmaras municipais do Estado.

A suspeita que recai sobre o advogado é a de envolvimento com servidores públicos e políticos para encaminhar desvios de recursos públicos. A Operação Muditia prendeu outros 12 investigados, entre eles três vereadores: Flávio Batista de Souza (Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (Santa Isabel) e Ricardo Queixão (Cubatão).

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André de Oliveira Macedo, o André do Rap, é um dos principais nomes da cúpula do PCC. Ele está foragido desde 2020, quando foi solto por decisão do então ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. Na época, o ministro Luiz Fux, então presidente do STF, cassou a decisão de Marco Aurélio, mas o traficante não foi mais localizado pela polícia.

A Promotoria de São Paulo investiga o advogado de André do Rap por sua suposta ligação com esquema de fraudes em licitações para contratação de servidores terceirizados por prefeituras e câmaras municipais. São investigadas contratações nos municípios de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba

Segundo o Ministério Público, algumas contratações ‘atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte de valores ilicitamente auferidos’. A apuração encontrou indícios de ‘corrupção sistemática’ de agentes públicos e políticos – secretários, procuradores municipais, presidentes de câmaras de vereadores, pregoeiros. A investigação aponta, ainda, outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

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